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Professores fazem paralisação e aulas são suspensas nesta quarta

O ato nacional reivindica direitos trabalhistas e piso salarial

Professores da rede municipal e estadual da Bahia realizaram na manhã desta quarta-feira, 22, um ato para reivindicar direitos trabalhistas da categoria, como a defesa do piso salarial do magistério, revogação do novo ensino médio, valorização dos profissionais da educação e por mais investimentos no setor. O protesto, que aconteceu por volta das 9h, na praça da Piedade, em Salvador, também provocou a suspensão das aulas em todo o estado.

Neste dia, a categoria decide nacionalmente o piso salarial e os movimentos de paralisação para reforçar as negociações. A mobilização é organizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), com apoio de entidades como a APLB-Sindicato, na Bahia. A entidade estadual afirma que o piso atual é de R$ 2.600 e o que a categoria pretende é R$ 4.420,55. Em um cenário que a prefeitura de Salvador acate o pedido da categoria, representaria um aumento de 68% para chegar no resultado desejado, segundo o sindicato.

Segundo o coordenador geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, a manifestação não atrapalhou o trânsito na região. “Hoje a praça está lotada e nós decidimos manter aqui por causa das diversas atividades que serão realizadas. Além desse ato, a praça recebe música, rodas de debates, ações sociais, como aferição de pressão aterial gratuita, estamos distribuindo pipoca para as pessoas aqui, entre outras coisas”, declarou ao Portal A TARDE. Nas 17 regionais da APLB distribuídas pela Bahia também serão organizados atos com paralisação.

Atualmente, a estimativa do quantitativo de professores, feita pelo sindicato, é de 40 mil docentes na rede estadual e 6 mil na rede municipal de Salvador.

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, informou que “respeita o direito de livre manifestação dos professores e, embora a implementação do Novo Ensino Médio na Bahia atenda às legislação federais vigentes, a partir de 2018, a SEC realizou uma série de atividades, como consultas públicas e escuta de estudantes, professores e das comunidades escolares; encontros formativos com os gestores e coordenadores pedagógicos da rede estadual; e a elaboração do Documento Curricular Referencial do Estado da Bahia (DCRB)”.

Sobre o piso, a SEC ressaltou, em nota enviada ao Portal A TARDE, que em 2022, a categoria já recebia acima do piso, “ou seja, R$ 5.054,43 considerando o piso nacional de R$ 3.850 mais os 31,18% da regência de classe, para 40 horas”.

“Ainda como parte da valorização da carreira do magistério público estadual, está em fase final o concurso público para 1.806 professores e 307 coordenadores pedagógicos, com divulgação do resultado final prevista para o 18 de abril. A qualificação e a promoção dos trabalhadores da educação, bem como a requalificação física da rede estadual de ensino – que já ultrapassou R$ 5 bilhões de reais em investimentos – são exemplos de ações do Governo do Estado para melhorar a qualidade do ensino público e as condições de trabalho da categoria”, diz o texto da pasta responsável.

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